A derrota para o Vila Nova deixa o Londrina na porta de entrada da zona do rebaixamento. Perder confrontos direto contra times ruins dentro de casa é a comprovação que é necessário mudar a rota imediatamente para que o pior não aconteça.

A sétima derrota do LEC em oito jogos sob o comando do técnico Claudio Tencati - a quarta em cinco jogos no estádio do Café - foi mais uma vez o reflexo de um time sem nenhuma organização tática, criatividade e soluções para ganhar a partida. E como o Londrina não tem ninguém individualmente capaz de tirar um curinga da cartola, o resultado não poderia ser diferente.

E quando nada funciona a pressão aumenta e os erros individuais aparecem e comprometem o desempenho. Não é exagero, mas o Londrina tem tido erros individuais capitais em todo jogo. Desta vez foi o bom Matheus Albino.

O goleiro foi traído pela curva de um chute despretensioso e fraco do centroavante Bruno Mezenga e tomou um frango aos cinco minutos do segundo tempo. Não faltou vontade e disposição ao time. De novo, faltou capacidade.

Na base do sufoco, teve três boas chances em cruzamentos na área e aí brilhou o goleiro Rafael Santos, que garantiu a sobrevida do Vila no campeonato. Das seis vitórias do time goiano na série B, cinco foram como visitante.

O Londrina entrou em uma fase em que nada dá certo e as dificuldades vão se acumulando. Tencati já não tem a confiança da torcida e, parece, que vai perdendo também a força de tirar algo a mais deste elenco. E daqui a pouco ninguém mais vai lembrar do que ele fez entre 2011 e 2017. Infelizmente, no futebol a única coisa que vale é o presente. E o presente do Londrina é desesperador.

O LEC tem mais 13 jogos para arrumar 15, 16 pontos e evitar a queda. Mas pelo jeito, se não mudar de rota e de conceitos, vai ser difícil evitar um vexame no final do ano.