O Londrina ainda não desistiu do processo onde pede punição ao Figueirense pela falta de fair-play financeiro. Depois de ter colecionado duas "derrotas" parciais no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), o LEC protocolou um pedido de reexame da Notícia de Infração Disciplinar por parte do procurador-geral do tribunal esportivo.
Na última semana, a solicitação do Londrina foi arquivada pelo procurador do STJD, que alegou que o LEC não tinha legitimidade para denunciar o clube catarinense. Por isso, o clube agora recorre ao procurador-geral. O Tribunal ainda não se pronunciou sobre o novo pedido do Tubarão.
Com todo respeito, alegar ilegitimidade num caso desses e promover um engavetamento de autos é fechar os olhos para a infração e
prestigiar a impunidade", escreveu a defesa do LEC na petição.
No recurso, o LEC apresenta dois casos de clubes que foram punidos recentemente pelo descumprimento do fair-play financeiro. Em 2013, o Betim foi punido pela Fifa com a perda de seis pontos por uma dívida com o The Strongest, da Bolívia. Em 2016, o Santa Cruz perdeu três pontos na série A do Brasileiro por atrasos salariais.
"A fraude não pode sair impune, a responsabilidade não é de outra pessoa que não a pessoa jurídica, o clube, que manipulou o processo desportivo e o STJD. Será uma vergonha para a Justiça Desportiva e para a organização do futebol brasileiro se não houver uma resposta à altura do que ocorreu", diz outro trecho do recurso. "E responsabilizar apenas laranjas, intermediários e colaboradores é beneficiar a fraude, a fraude que compensa".