Há um ano, César entrava definitivamente na história do Londrina. O goleiro foi o grande nome da épica conquista da Copa da Primeira Liga após brilhar nas disputas de pênaltis contra Cruzeiro e Atlético Mineiro.
Após uma cirurgia no joelho no início da temporada, César seguiu para Portugal para jogar no Estoril, da segunda divisão portuguesa. Aos 23 anos, o goleiro vive sua primeira experiência internacional e por isso a adaptação foi um pouco demorada. "Demorei bastante para ser titular. Tive que suar muito pois estava um pouco atrás dos demais em alguns aspectos", frisou.
César ganhou a condição de titular nas últimas partidas. No domingo, o Estoril ganhou de 7 a 2 do Académica fora de casa. A Segunda Liga, a segunda divisão do futebol português, tem 18 clubes e conta com as equipes B dos três grandes do país: Benfica, Sporting e Porto.
O Grupo Desportivo Estoril Praia, fundado em 1939, é o quarto colocado, após seis rodadas - quatro vitórias e duas derrotas -, com 12 pontos. O líder é o Paços de Ferreira, com 15. O Estoril está classificado também para a segunda fase da Taça de Portugal.
Com vínculo com o Londrina até 2020, César está emprestado ao clube português até maio do ano que vem. Confira a entrevista concedida pelo goleiro ao BLOG.
Qual o balanço dos primeiros meses aí em Portugal?
Este início foi um período de adaptação e bastante aprendizado, tanto profissional quanto pessoal. Estou em um bom nível, disputando a Taça da Portugal e a Segunda Liga como titular. O nosso principal objetivo na temporada é alcançar o acesso à Primeira Liga, além de outras metas.
Como foi a sua adaptação a equipe e ao futebol português?
Foi um período de muita aprendizagem e trabalho duro, pois a adaptação ao futebol europeu não é fácil e requer muita dedicação. É um processo gradativo e a cada dia estou me esforçando para aprender mais e agregar essa experiência à minha carreira.
Qual a grande diferença em relação ao futebol brasileiro?
A postura tática e a exigência que os goleiros tem na primeira fase de construção das jogadas.
Como é a estrutura do clube e da cidade? A família já está adaptada?
A estrutura do Estoril é muito boa, disponibilizamos de toda assistência necessária tanto dentro de campo como fora. A cidade é boa de viver, além de ser uma cidade turística e oferecer várias atrações. A família já está bem adaptada também.
Já pensa em uma permanência por aí após o término do empréstimo?
Isso é algo que não posso responder pois não depende de mim. Vim para o Estoril por empréstimo com duração de um ano, então quando acabar esse prazo volto a ser jogador do Londrina e só aí para saber qual o meu destino. O que eu posso dizer é que sou profissional e vou defender o clube que estou atuando.
Costuma acompanhar o Londrina aí de Portugal?
Sempre que posso assisto os jogos, fica um pouco difícil pelo fuso horário daqui, mas estou por dentro do campeonato.
Na semana passada completou um ano da conquista da Copa da Primeira Liga. O que você recorda daquela conquista? Qual o grande momento?
A primeira coisa que vem na minha cabeça é o grito da torcida após o termino das cobranças de pênaltis. É uma mistura de ansiedade com concentração que deixou todos apreensivos. Tanto a semi final como a final foram de grande tensão. O grande momento foi a última cobrança, quando o juiz decretou o fim e todos nós podemos enfim comemorar.