O Brasil não tem do que reclamar do sorteio dos grupos para a Copa do Mundo. Os adversários do grupo E não assustam e a seleção brasileira é muito favorita para terminar em primeiro.
Claro que não é uma baba de grupo, mas também está muito longe de serem adversários perigosos. A Suíça, rival da estreia, joga sempre por um 0 a 0, já que do meio para frente é sofrível. Fez uma grande campanha nas eliminatórias, com nove vitórias e somente uma derrota para Portugal, mas estava em uma chave fraca - Hungria, Ilhas Faroe, Letônia e Andorra.
A Costa Rica também não tem nada de excepcional na parte técnica e é grande freguês brasileiro em Mundiais - duas derrotas e um 5 a 2 em 2002. Se destaca muito mais pela virilidade do time do que qualquer outra coisa. Conseguiu uma classificação dramática na penúltima rodada das eliminatórias. Tem tudo para ser a lanterna do grupo. A Sérvia talvez seja o melhor time entre os adversários, do ponto de vista técnico, mas nada que impressione também. Vai brigar diretamente com a Suíça pelo segundo lugar.
Talvez a maior dificuldade do Brasil na Rússia sejam as longas viagens. Como ficará concentrada em Sochi, a Seleção terá que fazer três deslocamentos nas primeira fase para atuar em Rostov, São Petersburgo e Moscou. Ida e volta serão mais de sete mil quilômetros. Avançando, a seleção brasileira jogará em pelo menos outras duas cidades diferentes.
Apesar das distâncias continentais, as viagens em uma Copa são amenizadas em razão dos voos fretados e dos batedores, que sempre garante trânsito e deslocamentos livres. Até o intervalo de cinco dias entre as partidas da primeira fase diminuem o desgaste.
Com o Brasil se classificando em primeiro da chave e dando a lógica nos outros grupos também, a Seleção tem tudo para ter um caminho bem tranquilo até a semifinal. Encararia um único campeão mundial - Uruguai ou França - apenas nesta fase, aumentando as chances de ir longe no Mundial.
O caminho inicial é bem suave para os brasileiros e a permanência na briga pelo hexa vai depender muito mais do que os comandados de Tite vão apresentar do que qualquer outra situação na Rússia.