"O Marquinhos aproveitou os 10 dias de trabalho antes do jogo contra o São Bento e definiu o time que ele achava ideal e trabalhou o tempo com esta equipe e mais as três opções que pretende utilizar ao longo da partida".
Após a surpreendente notícia divulgada na tarde desta sexta-feira (22) pelo Londrina da saída do meia Thomás, me lembrei do que me disse um membro da comissão técnica do clube antes do treino da quinta-feira (21).
Reflita comigo sobre a situação que ficou o treinador alviceleste. Todo técnico gosta de tempo para trabalhar e o Marquinhos Santos utilizou as 11 sessões de treinos que ele teve depois da derrota para o Goiás e trabalhou sempre com o mesmo time, com o Thomás como titular. E daí, na hora de viajar, na véspera do jogo, fica sabendo que o jogador foi embora para jogar na Grécia. Complicado, não?
O LEC justificou a saída do atleta, após apenas três jogos na série B, com uma cláusula no contrato que o obrigava a liberar o jogador se houvesse uma proposta do futebol internacional. Tudo bem, contrato é para ser respeitado. Mas me desculpe, o Londrina não pode se submeter a uma situação como esta. Se o clube realmente quer brigar pelo acesso, este tipo de coisa não pode acontecer.
Thomás nem tinha jogado tão bem os três jogos que fez - duas derrotas e um empate - e ainda precisaria melhorar bastante para justificar a expectativa em cima da sua contratação. E a tendência era melhorar, agora melhor fisicamente e mais adaptado ao clube. Mas não deu tempo. Pior de tudo é que o LEC fica de novo sem um armador e em um período difícil de contratar bons jogadores e que caibam na realidade financeira do clube.
Difícil colocar isso na cabeça do torcedor e fazê-lo acreditar na recuperação da equipe. O episódio Thomás é mais um erro, entre tantos, de planejamento cometido pelo Londrina desde o início do ano.