Desde que o Londrina voltou aos treinos há uma semana, não se fala em outro assunto entre os torcedores alvicelestes: a volta do meia Celsinho.
O caso de amor e ódio entre o jogador e a galera vem desde a sua chegada ao clube, em 2013. A forma infeliz como o LEC o apresentou - uma chegada apoteótica de helicóptero ao estádio VGD - jogou uma responsabilidade enorme nas costas no meia. Responsabilidade esta que nunca é individual no futebol. E o transformou em um craque, que, obviamente, ele não é.
Na minha visão, seria melhor para todos que Celsinho seguisse sua carreira em outro clube. Seria melhor para ele e para o LEC. O técnico Claudio Tencati pensa da mesma forma.
Mas, isso não significa que ele não tenha qualidade para ser útil ao Londrina em 2017. Muito pelo contrário. Até porque ele tem contrato e tem que ficar, já que não há clubes interessados.
Celsinho fez bons jogos com a camisa do alviceleste no Paranaense de 2013 - no melhor time que a SM Sports montou na sua gestão - e foi peça importante na conquista estadual e no acesso para a série C, em 2014. Tem lugar na história do clube.
Apesar de ter sido importante nos dois primeiros anos, Celsinho nunca conseguiu manter uma regularidade de boas atuações. E é isso o que mais incomoda a torcida.
A queda maior de produção veio em 2015. Talvez por um certo relaxamento do jogador, dentro e fora de campo. Na série C, foi liberado já nas primeiras rodadas.
A imagem que ficou é que a partir do momento em que o Londrina foi subindo de divisão e enfrentando adversários mais qualificados, o futebol do meia desapareceu.
Os empréstimos dele ao Figueirense e ao Paysandu também comprovaram isso. Não conseguiu se firmar em nenhum deles, que na oportunidade jogavam série A e B, respectivamente. A exceção foi o Campeonato Paraense e a Copa Verde, que são competições de qualidade técnica discutíveis.
Celsinho retornou com um discurso consciente de que precisa fazer algo diferente. Até para reconquistar o carinho e a confiança da torcida. Sabe que sua última imagem por aqui não foi boa e precisa mudar isso.
Tencati sabe que tem um bom jogador nas mãos e passou confiança ao atleta, porém cobrou comprometimento, seriedade, rendimento e regularidade. O treinador reconhece que Celsinho foi vitorioso com ele.
O Mito, como alguns torcedores se referem ao meia, tem mais uma chance no Londrina para mostrar que não é apenas jogador de estadual e que pode manter o mesmo futebol ao longo de uma temporada completa. Só depende dele.