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Entre o amor e o ódio

09 jan 2017 às 19:23

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Desde que o Londrina voltou aos treinos há uma semana, não se fala em outro assunto entre os torcedores alvicelestes: a volta do meia Celsinho.

O caso de amor e ódio entre o jogador e a galera vem desde a sua chegada ao clube, em 2013. A forma infeliz como o LEC o apresentou - uma chegada apoteótica de helicóptero ao estádio VGD - jogou uma responsabilidade enorme nas costas no meia. Responsabilidade esta que nunca é individual no futebol. E o transformou em um craque, que, obviamente, ele não é.

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Na minha visão, seria melhor para todos que Celsinho seguisse sua carreira em outro clube. Seria melhor para ele e para o LEC. O técnico Claudio Tencati pensa da mesma forma.

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Mas, isso não significa que ele não tenha qualidade para ser útil ao Londrina em 2017. Muito pelo contrário. Até porque ele tem contrato e tem que ficar, já que não há clubes interessados.

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Celsinho fez bons jogos com a camisa do alviceleste no Paranaense de 2013 - no melhor time que a SM Sports montou na sua gestão - e foi peça importante na conquista estadual e no acesso para a série C, em 2014. Tem lugar na história do clube.


Apesar de ter sido importante nos dois primeiros anos, Celsinho nunca conseguiu manter uma regularidade de boas atuações. E é isso o que mais incomoda a torcida.

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A queda maior de produção veio em 2015. Talvez por um certo relaxamento do jogador, dentro e fora de campo. Na série C, foi liberado já nas primeiras rodadas.


A imagem que ficou é que a partir do momento em que o Londrina foi subindo de divisão e enfrentando adversários mais qualificados, o futebol do meia desapareceu.

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Os empréstimos dele ao Figueirense e ao Paysandu também comprovaram isso. Não conseguiu se firmar em nenhum deles, que na oportunidade jogavam série A e B, respectivamente. A exceção foi o Campeonato Paraense e a Copa Verde, que são competições de qualidade técnica discutíveis.


Celsinho retornou com um discurso consciente de que precisa fazer algo diferente. Até para reconquistar o carinho e a confiança da torcida. Sabe que sua última imagem por aqui não foi boa e precisa mudar isso.


Tencati sabe que tem um bom jogador nas mãos e passou confiança ao atleta, porém cobrou comprometimento, seriedade, rendimento e regularidade. O treinador reconhece que Celsinho foi vitorioso com ele.

O Mito, como alguns torcedores se referem ao meia, tem mais uma chance no Londrina para mostrar que não é apenas jogador de estadual e que pode manter o mesmo futebol ao longo de uma temporada completa. Só depende dele.


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