A decisão de rescindir o contrato do goleiro Zé Carlos e do zagueiro Luizão é um recado claro que a diretoria do Londrina quis passar aos demais jogadores.
De que não vai admitir atos de indisciplina, que manchem a imagem do clube e que podem influenciar outros atletas do elenco, podendo causar um prejuízo a todo o planejamento em uma competição importante. Deste ponto de vista, a decisão foi correta.
O que pesou demais contra os dois jogadores foi a confusão ter acontecido dentro de campo, quando o jogo ainda estava sendo transmitido para todo o Brasil. As imagens da briga correram o mundo e, por si só, exigiam uma postura exemplar do clube.
Se as agressões físicas e verbais tivessem acontecido dentro do vestiário, longe dos olhos de todos, certamente a punição seria outra. Esta mesma administração já perdoou outros jogadores com atos parecidos que aconteceram entre quatro paredes.
Já tivemos vários casos de atletas que cometeram atos de indisciplina em momentos de folga e muitos, inclusive, ainda fazem parte do elenco. Nestes casos, por pior que sejam, não arranharam a imagem do clube, muito diferente do ataque de fúria de Pelotas.
Claro que o lado técnico também pesou. A conclusão da diretoria é que os dois não farão tanta diferença em campo. Mesmo com apenas dois jogos, Zé Carlos não passou segurança e já era alvo de críticas e Luizão já não era prioridade para a comissão técnica desde o Paranaense, além de um histórico de problemas fora de campo.
A decisão até foi uma surpresa pela forma de agir desta gestão, mas serviu para estancar o mal pela raiz e evitar que se perdesse o controle do elenco.