Tenho escrito aqui já por diversas vezes sobre a falência dos campeonatos estaduais, com raríssimas exceções. A cada ano, as competições perdem visibilidade, atratividade e interesse do torcedor.
E a prova de que os estaduais da forma como são disputados e organizados não tem mais futuro, foi o primeiro jogo da final do Paranaense neste domingo (1º), no Couto Pereira.
A decisão colocou frente a frente os dois mais tradicionais clubes do estados, com as maiores torcidas e que fazem o maior jogo do Estado. Além de tudo isso, a final foi em um domingo às 16h, horário nobre do futebol, e sem transmissão pela TV. Resultado disso tudo na arquibancada: míseros 9. 577 pagantes. Uma vergonha.
A pouca presença de público não é uma exclusividade da decisão. Pelo contrário, a média de público do Estadual é de 2.928 pagantes por partida. O Londrina mesmo fez vários jogos com menos de mil pessoas no Café.
E olha que a fórmula de disputa deste ano até foi interessante e deixou muitos times vivos até o final da competição. O problema mesmo é o contexto geral.
Os Estaduais não interessam mais aos clubes, aos jogadores, aos torcedores, aos patrocinadores e a TV. Os únicos interessados em manter estas competições capengas e ultrapassadas são a federações e seus dirigentes.
Até quando os clubes vão assistir de braços cruzados o desaparecimento dos estaduais e, consequentemente, a perda de receitas, de torcedores e do valor das suas marcas?