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Até onde chega a incompetência dos nossos dirigentes

20 out 2017 às 18:49

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- Bruno Cantini/ Atlético MG
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É muito difícil falar que já se viu de tudo no futebol brasileiro. Os nossos cartolas conseguem se superar todos os dias. Mas, confesso que o episódio da 'demissão' e 'recontratação' de Levir Culpi era algo inimaginável.

O presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, demitiu o treinador por volta das 14h desta sexta-feira (20). Detalhe: a delegação retornava de Recife e Culpi seria informado ao chegar em Santos.

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No trajeto, de ônibus, de São Paulo para a baixada santista, os jogadores já sabiam da decisão e decidiram intervir. Se reuniram com Roma Júnior e pediram a permanência do treinador. O dirigente, então, voltou atrás na decisão e decidiu não mais demitir o comandante.

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Este é o reflexo claro do planejamento e da organização dos nossos clubes. Será que o presidente do Santos estava mesmo convicto em demitir o treinador ou quis tomar uma atitude pensando apenas na sua reeleição no final do ano? Jogou para a torcida.

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Qual o respaldo do dirigente agora em relação ao elenco? E o treinador perante ao grupo de jogadores? Por mais experiente que seja, é sempre uma situação complicada.


Mesmo porque, apesar de alguns tropeços, o trabalho do Levir é bom. É só comparar. O Santos briga pelos primeiros lugares do Brasileiro e tem a mesma pontuação que Palmeiras e Grêmio. Quem tem o pior elenco entre os três? É fácil responder.


O Santos é só o exemplo da hora. Mas, atitudes como esta acontecem diariamente nos nossos clubes. Difícil imaginar um futebol profissional, organizado e com objetivos claros e definidos com esta postura.

Enquanto o nosso futebol for profissional só no vestiário e no gramado vamos continuar à margem dos grandes centros em termos de competitividade, atração, interesse popular e arrecadação. Pobre futebol brasileiro!


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