É só acontecer um grande evento no estádio do Café para a polêmica com os proprietários das cadeiras cativas do estádio do Café voltar a tona.
O contrato de aquisição das cativas é claro: o proprietário irá pagar no máximo 50% do valor do ingresso. O que causa mais de uma interpretação é que a regra não específica de qual ingresso se trata.
Quando as cadeiras foram vendidas, em 1976, existia apenas um valor de ingresso, diferente de hoje. Mas, é preciso respeitar a regra de quando a venda aconteceu. A Fundação de Esportes de Londrina (FEL) sabe o que é certo e deveria ter comunicado isso e o obrigado o Palmeiras a cumprir esta determinação.
Aliás, esta atitude não é exclusiva do time paulista. Durante o Paranaense e a série D, o Londrina também mudou a regra e começou a cobrar dos proprietários 50% do valor do preço das numeradas e não da arquibancada. Isso não é correto. A atitude causou revolta em torcedores e até membros da diretoria do clube.
Mas a resolução deste problema é simples. Basta vontade política. Hoje o estádio do Café tem mais de oito mil cadeiras. Menos da metade possuem proprietários.
Separe o setor coberto em dois. As cadeiras cativas e as numeradas. Convoque todos os proprietários para um recadastramento. Enumere as cativas, distribuindo-as por setor e fila no estádio. E informe os donos da nova posição de cada assento.
Faça também uma entrada exclusiva para cada setor. Atualize o contrato de venda acrescentando que o proprietário irá pagar 50% do valor do ingresso de arquibancada. Pronto está resolvido o problema.
Assim vai se respeitar o direito de quem adquiriu e ajudou a erguer o Café, o torcedor terá comodidade para acessar a sua cadeira e tranquilidade que o seu lugar estará lá. E ainda sobrará mais de quatro mil lugares numerados que poderão ser vendidos pelo preço que o organizador do evento quiser. Será mais uma fonte de renda.
Não é difícil resolver o problema e respeitar a lei. Basta vontade. Mas, parece que em Londrina tudo é muito difícil.