O assunto da semana foi a confusão entre alguns torcedores do Londrina e do Ceará no jogo de sábado (9), no estádio do Café. O LEC será julgado na segunda-feira (18) no STJD e corre sérios riscos de perder mando de campo.
Não há argumento nenhum que justifique aquele tipo de ação. Não importa quem começou e nem o motivo. O cidadão que vai a um estádio de futebol pensando em agredir alguém só porque torce para outro clube tem que ser banido dos estádios. Este torcedor não faz falta nenhuma e afasta os verdadeiros torcedores.
Gostaria de saber qual o grau de rivalidade entre Londrina e Ceará para gerar uma troca de socos e pontapés entre os seus fãs? Nenhuma. Ou seria a tal da história de torcidas irmãs, que teria gerado tanto ódio entre os torcedores?
Mais uma inutilidade inventada pelas torcidas organizadas. Significa então que aquelas que não são minhas torcidas irmãs devem ser odiadas e enfrentadas em qualquer situação? Quanta bestialidade.
Não é justo colocar no mesmo balaio todos os torcedores organizados. Lá, existem torcedores bem e mal intencionados, como em todos os setores da sociedade.
Mas, não dá para negar, que na maioria das confusões nos estádios brasileiros há torcedores uniformizados envolvidos. Mas, tenho certeza também que os bons torcedores organizados aprovariam uma punição aos que saem da linha.
Gente mal intencionada existe em todo o lugar e cabe aos responsáveis diminuir o raio de ação destas pessoas. No futebol, a obrigação de fazer isso é dos clubes. No caso específico, houve falha do Londrina e da Polícia Militar.
O que mais me chamou atenção no ocorrido foi a falta de posição do LEC. O clube tinha a obrigação de exigir da PM que os responsáveis fosse identificados - não seria tão difícil já que não foram mais do que três ou quatro de cada lado -, presos e levados para a delegacia.
Esta identificação seria uma importante arma para o Londrina usar no seu julgamento desta segunda. O LEC tem a obrigação de correr atrás para identificar estes torcedores, bani-los dos seus jogos e, em caso de punição, cobrá-los civil e criminalmente.
A impunidade e a relação estreita com maus torcedores é uma triste rotina dos clubes do futebol brasileiro. Por isso, a cada dia a violência aumenta e o público diminui nos nossos estádios.
O Londrina já foi conivente com a violência quando foi punido por uma confusão no jogo com o Goiás no ano passado - a torcida organizada foi proibida de entrar em três partidas - e não tomou providências.
Fez vistas grossas quando alguns jogadores foram agredidos no aeroporto após a desclassificação na Copa do Brasil pelo Gurupi. A impressão que dá é que o clube até gostou do 'aperto' que os atletas sofreram.
A impunidade é o combustível que sustenta os maus torcedores e se nada for feito desta vez também poderemos ter casos mais graves no futuro. Daí não vai adiantar reclamar.