Por mais minucioso que seja o trabalho de um clube na hora de contratar reforços, é difícil cravar que este ou aquele jogador vai atender a todas as expectativas e vai valer a pena o investimento.
Na média, se um time acertar em 50% as contratações em uma temporada já pode ficar satisfeito. São muitos os fatores que vão determinar o sucesso ou o fracasso de um atleta em um novo clube.
Passa pela ambientação no clube e na cidade, esquema de jogo, identificação com a torcida, contusões, forma de jogar, relacionamento com os companheiros e treinador, situações particulares e extracampo e até mesmo a sorte.
Trazendo o tema para o nosso quintal, o Londrina pode se dizer que foi bem nas contratações nesta temporada, se comparada a 2016, por exemplo. E sempre, é claro, levando em conta a média citada acima.
Nas vindas de Jardel, Artur, Jonatas Belusso e Reginaldo, o LEC acertou em cheio. Se encaixaram perfeitamente na equipe, são melhores do que os que estavam no elenco e por isso são titulares absolutos.
Melhoraram o nível técnico da equipe. E é por isso que podem ser chamados de reforços. O mesmo se aplica a Ayrton, mesmo tendo chegado ainda no início do ano.
Em 2016, poucos elevaram o nível da equipe e nenhum deixou saudades na torcida. O clube errou bem mais e prova disso é que nenhum permaneceu para 2017.
Houve decepções e erros nesta temporada? Claro que houve. Podemos citar alguns. Patrick Vieira, que até aqui na jogou em razão de contusões, Fabinho, Victor Golas, que não teve chance pela ótima fase de César, Zé Carlos, Carlos Henrique, que ainda não emplacou, Quaresma, Ícaro, Thiago Lopes e kady.
Mas, a média alviceleste continua sendo boa e pode aumentar ainda mais com as chegadas de Edson Silva e William Henrique. São dois jogadores de nível e que têm tudo para aumentarem a qualidade do time.
A não ser que aconteça algo fora do controle, como uma contusão, tenho certeza que o Edson Silva vai ser titular absoluto do LEC. É melhor que qualquer um dos zagueiros atuais e ainda tem a experiência e a bagagem de ter jogado no São Paulo. Tem tudo para ser o líder do time, figura tão necessária neste momento em razão da ausência longa do capitão Germano.
Se jogar a metade do que produziu nos seus bons tempos de Vitória, William também será de muita importância. É rápido, habilidoso e pode ser o homem do lado esquerdo do ataque, que até agora Tencati não encontrou. Formaria um ótimo trio com Artur e Belusso.
A questão é que o atacante não conseguiu mais jogar em alto nível após sair do rubro-negro baiano. Em 2016, não foi titular do Ceará e este ano praticamente não jogou. Tem agora uma nova chance e como só tem 25 anos tem tempo para voltar a melhor forma.
Não tenho dúvidas que acertando nestes dois últimos reforços e nos próximos que virão - chegam ainda mais um zagueiro e um meia - o Londrina terá um elenco robusto e qualificado para brigar diretamente pelo acesso.
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