O cara da foto ali embaixo trabalha bastante. É chef de cozinha, administra seus restaurantes, cuida das franquias que estão abrindo aqui em Curitiba e em outras cidades, escolhe, contrata e treina novos funcionários, é pai recente e ainda acha tempo para otras cosítas más.
Por exemplo, agora, quando está viajando para outros lados do planeta. Para pesquisar, aprender, somar experiências e voltar ainda mais afiado.
Junior Durski: conheço por entrevistas, por ele aparecer na mídia, por já ter comido no restaurante dele - quando, aliás, sem saber que eu era jornalista, se aproximou simpaticamente da nossa mesa e perguntou se estávamos bem servidos (eu, meu marido e um casal de amigos).
Olha a cara de felicidade. Conversando com a comida?
Ele me transmite a sensação de estar sempre feliz. De bem com a vida. E olha como esse homem trabalha. Não sei se o leitor sabe, mas vida de chef de cozinha não é bolinho - sem trocadilho.
Eles enfrentam sim as panelas, todo santo dia. Supervisionam cozinha. Por mais estrelados e famosos que sejam, os bons chefs jamais deixam a "oficina" de seus restaurantes totalmente nas mãos de funcionários por muito tempo - por mais graduados e competentes que estes sejam.
E muitos chefs ainda acham tempo, energia e vontade para cozinhar em casa, para a família, testar receitas, inventar moda e mandar bala num arroz-com-feijão. Ou alguém acredita que família de cozinheiro cinco-estrelas come todo dia no restaurante?
Acredito que estar de bem com a vida é trabalhar com alegria.
Privilegiados os que podem trabalhar com o que amam (me incluo nessa categoria, apesar de todos os percalços do cotidiano e dificuldades dessa profissão, e agradeço diariamente a Deus e a quem me ajudou pelas oportunidades que tenho). Desse jeito, trabalho perde o peso de ser apenas obrigação, do tipo, bater cartão, cumprir horário e tarefas, e pronto.
Muita gente diz que faz o que gosta e ainda é pago para isso. (Entre meus sonhos ainda não concretizados está viajar mais - bastante mesmo - conhecer gentes e lugares, sendo paga pra escrever sobre as experiências mundo afora - e escrever livros que possam ser lidos...)
Penso que pessoas assim não esperaram que oportunidades caíssem do céu. Perceberam seus potenciais. Acreditaram em seus talentos e sonhos, e foram atrás.
Será essa a fórmula?