Li por esses dias que o Facebook completou dez anos. Devo ser um dos poucos não possui um perfil na rede de compartilhamentos ou relacionamentos, não sei ao certo como chamar tudo isso.
O que sei, por conversas informais com os japoneses que transitam no meu cotidiano, é que muitos excluíram os seus perfis por não mais considerarem adequados aos seus modos de vida.
Coincidentemente, saiu uma matéria do Mundo-Nipo que mostra uma queda de 11% dos japoneses na rede social a partir de setembro de 2012 até janeiro de 2013 (a matéria foi escrita em junho do ano passado).
Segundo a matéria, um psicólogo chamado Kouji Yamada conduziu uma pesquisa sobre ansiedade causada por redes sociais e descobriu muita coisa interessante sobre a questão. Segundo o pesquisador, uma das razões dos japoneses estarem saindo do Facebook é porque eles sentem-se incomodados em ver como a vida dos seus "amigos" é cheia de aventuras, passeios, diversões e momentos bacanas com a família. Os nipônicos não possuem uma vida assim tão cheia de alegrias e prazeres, e ficam com "complexo de inferioridade" por causa disso. Essa diferença de vida e impressões tem causado graves problemas psicológicos.
Os japoneses são mais discretos quando o assunto é sua vida pessoal e percebeu que o Facebook tornou-se um lugar para jovens vangloriarem-se das suas "ousadias", o que para eles não tem interesse nenhum.
A matéria diz ainda que seja prematura achar que a rede social não caiu nas graças dos japoneses por causa desse "complexo de inferioridade", mas tem a certeza de que a empresa de Mark Zuckerberg não faz sucesso no Japão.
Eu, só observando, percebo que tudo isso é apenas mais uma moda. Uma moda mais longa que o normal, é verdade, mas que passará em breve. Sei também que as cabeças dos japoneses estão em outros lugares, porque relacionamento não são o forte desse povo que busca uma identidade.

Loucura