O rapaz do terceiro colegial da cidade de Nagano venceu o Prix de Lausanne, Suíça. O bailarino que freqüentava uma academia de karatê mudou radicalmente de atividade ao saber que a menina em quem estava interessada freqüentava um estúdio de dança próximo ao local onde treinava. Para vê-la, ficava discretamente na sala de espera assistindo aos ensaios. O tempo passando e o interesse pelo ballet aumentando. Assim foi o início de Haruo Niyama na arte de dançar.
Segundo sua mãe, depois de alguns anos de ballet ele quase parou de treinar porque seu pai teve um AVC e ficou inválido para trabalhar. Com dificuldades financeiras, ela consultou o professor que pediu para que ele continuasse, pois não cobraria nada, prevendo que Haruo seria um sucesso mundial.
Os treinos eram diários com duração média de seis horas. Folga apenas uma vez por semana. Necessitando conciliar os estudos com os ensaios, ele treinava até uma ou duas horas da manhã e muitas vezes chegava a dormir no estúdio, onde improvisava o sofá como cama. Morando em Nagano e treinando em Matsumoto, enfrentava duas horas de trem até o local dos treinos. Nagano é uma das regiões mais frias do Japão, onde foi a realizado as Olimpíadas de Inverno em 1998.
Dedicação, esforço e uma dose cavalar de talento, fizeram com que Niyama vencesse um dos principais concursos de ballet moderno do mundo e ainda fosse convidado para integrar um grupo de dança nos Estados Unidos. Chegou ao Japão no dia 2 de fevereiro, domingo, já no dia seguinte terá que encarar uma prova na escola onde estuda. Aqui não tem moleza quando se tratam dos estudos.
Depois de formado no colegial ficará alguns anos aperfeiçoando a arte que escolheu viver.
Em segundo lugar ficou a japonesinha Sae Maeda de 15 anos, da cidade de Yokohama, em sexto Mikio Kato de Fukushima. Vinte bailarinos foram selecionados para a grande final e somente os seis melhores é que recebem as condecorações.
A premiação
Haruo Niyama