A eleição para presidente do Brasil no Japão foi marcada pela aproximação de um forte tufão que nos deixou todos molhados. A fila era grande, e sob os guardas chuvas, tivemos que conviver mais uma vez com uma desorganização que já não estamos acostumados.
Isso tudo me fez até lembrar das enormes filas nos pontos de ônibus, bancos e a demora em ser atendido nos diversos órgãos públicos que um dia precisei passar. Enfim, nada disso deveria ser uma surpresa, mas confesso que já me acostumei com outro tipo de tratamento. Não gosto muito de comparações porque as realidades são muito diferentes, e bota diferente nisso, o que não nos deixam cegos para a bagunça que ocorre a cada quatro anos.
Pior do que ser obrigado a votar na chuva é não saber em quem votar, simplesmente porque nós que estamos no exterior não acompanhamos de perto o que acontece na política brasileira. Simples assim.
Não sabemos também qual é o projeto de governo de cada presidenciável, mesmo tentando acompanhar atentamente o que é noticiado pela Internet.
Interessante é que na fila para a votação não se ouvia um assunto sequer sobre política, muito menos sobre os candidatos. O que todos queriam era terminar o mais rapidamente possível tudo aquilo e voltar à "vida normal".
Fiquei sabendo no dia seguinte que a oposição venceu em todas as urnas, o que me parece coerente pelo que lemos por aqui.
No final de tudo, como tudo o que é brasileiro, esquecemos a fila, a chuva, a desorganização e terminamos à tarde em piadas, brincadeiras e um almoço reforçado depois de duas horas em pé.
Os locais com maior presença de brasileiros devem ter sido a cidade de Nagoya (Aichi) e Suzuka (Mie).
Ah... já ia esquecendo. Enquanto ocorria a votação, bem perto dali, os pilotos da F1 faziam a festa no autódromo de Suzuka, cidade do mesmo nome que recebe um enorme contingente de brasileiros, muitos trabalhando em indústrias de autopeças da Honda.
O jeito é sorrir.
Imitação