Acusado de matar o policial militar aposentado Airton Gonçalves, em novembro de 2014, Jeferson Henrique dos Santos Chagas foi condenado a 21 anos de reclusão na tarde desta quinta-feira (8), em julgamento conduzido pela juíza da 1ª Vara Criminal, Elisabeth Kather. A pena foi reduzida porque o juízo acatou a tese da defesa de semi-imputabilidade (redução da capacidade de compreensão ou vontade) do acusado.
A tese foi proposta pelo advogado de defesa, Peter Jurgen Kelter, ao pedir uma averiguação de sanidade mental do acusado. "O laudo da junta médica considerou que ele não tem plena capacidade de responder pelos seus atos. Isso leva à aplicação de uma redução da pena a qual foi condenado", explica.
Veja o momento em que o policial é baleado.
Ainda de acordo com o advogado, a disfunção mental identificada pelos médicos seria decorrência do uso prolongado de drogas, em especial, o crack. Kelter conta que Chagas lembra-se do que ocorreu em 2014, quando o ex-policial militar foi morto, e que, apesar de assumir a autoria do crime, o depoimento dele é confuso. O condenado estava preso no Complexo Médico Penal de Pinhais, para onde deve voltar após a sentença, mas a defesa deve pedir a remoção para outra unidade mais próxima da família.
(Rafael Machado e Luis Fernando Wiltemburg)