Depois de mais de três anos, o caso envolvendo a morte do policial militar aposentado Airton Gonçalves, 59 anos, em um mercado da rua Arcindo Sardo, zona norte de Londrina, terá um desfecho nesta quinta-feira (8). O principal acusado de cometer o crime em novembro de 2014, Jeferson Henrique dos Santos Chagas, 26, será submetido a júri popular. A sessão deve começar às 9h e será comandada pela juíza da 1ª Vara Criminal, Elisabeth Kather. Trabalhando como segurança do estabelecimento comercial há mais de 10 anos, a vítima levou um tiro na cabeça e morreu na hora.
Chagas foi preso dias depois em uma casa no conjunto Moradias Cabo Frio junto com um adolescente de 17 anos, também suspeito de participar do assassinato, registrado por uma câmera de monitoramento instalada na parte externa do comércio. Veja o vídeo:
As imagens foram essenciais para que a Polícia Civil identificasse a dupla. Durante interrogatório na delegacia, Chagas disse que o menor foi quem atirou no PM. O outro acusado disse apenas que teria sido convidado pelo comparsa para roubar o mercado, mas o plano foi alterado quando eles chegaram no endereço. A moto usada na fuga teria sido emprestada pela irmã de Chagas. Após o homicídio, ele e o adolescente sofreram um acidente, mas conseguiram escapar depois de furtarem um Ford Ka.
O revólver usado foi encontrado em um fundo de vale do conjunto Farid Libos. Em abril do ano passado, o Ministério Público enquadrou Chagas nos crimes de corrupção de menor, porte ilegal de arma de fogo, furto qualificado, adulteração de sinal identificador, além do homicídio. A denúncia foi aceita em abril do ano passado pela Justiça. O advogado Peter Jurgen Kelter, que atua na defesa do rapaz, preferiu não adiantar detalhes da tese que irá abordar no Tribunal "para não prejudicar o processo".
Nos primeiros meses após ter sido preso, Jeferson Chagas cumpriu pena na CCL (Casa de Custódia), mas hoje está no Complexo Médico Penal de Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba).