A Honda resolveu repensar sua linha no Brasil e com apenas um lançamento decidiu substituir dois modelos com um só. Fit e Civic abrem espaço para a inédita geração do City.
Conhecido com sua versão sedã no Brasil, que chega à sua terceira geração, a novidade vem também com uma carroceria hatch, que promete manter as mesmas qualidades do Fit em uma embalagem mais barata de se fazer. É que o modelo feito até então no Brasil recebeu uma nova geração no Japão e na Europa e ficaria caro demais para trazê-lo.
Uma das características que os antigos compradores do Fit podem sentir falta foi sanada. O City hatch vem com o mesmo banco traseiro do monovolume, que dobra para cima ou é todo rebatido, criando diversas formas de carregar objetos. O bom porta-malas de 363 litros, no entanto, agora tem apenas 268 l no City hatch.
Para maior armazenamento de bagagem, o sedã segue como a melhor pedida. Tem capacidade de 519 litros no bagageiro, apesar de não contar com o banco modular. As duas carrocerias possuem mesma distância entre-eixos de 2,60 m, a mesmo do City atual e 7 cm maior do que no Fit.
O visual do City segue discreto. Os mais aficionados devem perceber que se trata de um carro completamente novo e não uma reestilização do antigo. O hatch usa a mesma frente, enquanto a traseira tem um ar de que é conhecida de outro lugar. As lanternas traseiras horizontais já são comum na categoria, como no Fiat Argo e no Hyundai HB20.
Por dentro, o City também não se importa em inovar muito. A preocupação é maior na ergonomia e na qualidade de acabamento, segundo a Honda. A central multimídia com tela de 8" e conexão com sistemas Android Auto e Apple Carplay é de série em todas as versões.
Por falar nelas, são três opções para o sedã, começando pela EX (R$ 108.300), que já vem com seis airbags e chave presencial, entre outros.
Esta opção é exclusiva para o três volumes, já que o hatch é vendido a partir da EXL (R$ 114.700), que acrescenta itens como aviso de ponto cego, sensor de estacionamento, ar-condicionado automático, bancos de couro e tela digital no painel.
A versão topo de linha é a Touring (R$ 123.100), com destaque para o sistema de condução semi-autônomo, que inclui controle de cruzeiro adaptativo, que mantém o carro na velocidade do veículo à frente, frenagem automática, assistente de permanência em faixa e ajuste automático do farol.
O sedã mais caro tira o Civic de linha, que já vinha em baixa nas vendas e também recebeu uma nova geração no exterior que ficaria cara de fabricar por aqui. A Honda deve importar algumas versões do sedã, como a esportiva Si em 2022.
Sem turbo
Todas as versões usam a mesma mecânica. A Honda dispensou a moda dos motores turbos e trouxe um novo 1.5 16v de quatro cilindros. Ele rende 126 cv de potência, 10 cv a mais do que o 1.5 antigo que atendia City e Fit. A potência é a mesma com etanol ou com gasolina no tanque.
Esse ganho foi obtido com a adoção da injeção direta de combustível e comando duplo no cabeçote, sendo um para as válvulas de admissão e outro para exaustão.
De acordo com a medição do Inmetro, o City sedã tem consumo na cidade de 9,2/13,1 km/l (etanol/gasolina) e, na estrada, de 10,5/15,2 km/l. O hatch registrou 9,1/13,3 e 10,5/14,8 km/l respectivamente. O objetivo é brigar com os 1.0 turbo da concorrência.
A transmissão é sempre automática e do tipo CVT (sem trocas). Ele continua simulando sete marchas como já fazia na dupla City e Fit antigos.
As vendas do sedã começam somente em janeiro, com a pré-venda iniciando na próxima terça-feira (23). O hatch chega em março, com a pré-venda a partir de janeiro, quando os preços serão divulgados.