O grupo automotivo Stellantis trabalha no desenvolvimento de novas tecnologias voltadas à produção de veículos híbridos movidos a etanol no Brasil.
Em entrevista coletiva nesta terça-feira (31), o presidente da empresa na América do Sul, Antonio Filosa, disse que o projeto se chama "Bio-Electro" e usará tecnologia brasileira, tendo como "epicentro" a fábrica de Betim (MG).
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"Vamos localizar tecnologias que juntem o etanol com eletrificações de vários graus. Não vamos trazer um kit da Ásia e montar em uma fábrica aqui", declarou o executivo, acrescentando que os 1,5 mil engenheiros do grupo em Betim e os 200 em Pernambuco "já estão sendo preparados" para atuar nessa iniciativa.
Em período de silêncio devido à iminente divulgação de resultados pela Stellantis, Filosa não deu prazos para a chegada desses produtos ao mercado, mas disse que as primeiras tecnologias voltadas aos híbridos a etanol podem estar prontas para utilização já neste ano.
"Lembrando que a indústria automobilística precisa em media de 18 a 24 meses para desenvolver um carro novo, partindo das primeiras ideias", ressaltou.
Ainda de acordo com Filosa, o Brasil "sai muito na frente" dos outros países por ter uma matriz energética majoritariamente renovável e uma opção de combustível - o etanol - menos poluente. "Se associar algum tipo de eletrificação a esse etanol, a eficiência se torna ainda maior", afirmou.
O plano do grupo automotivo prevê o lançamento de 43 modelos entre 2021 e 2025, englobando oito marcas (Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën, RAM, Abarth, Opel e DS). O pacote inclui 17 SUVs, nove carros de passageiros, nove vans e oito picapes.