A grade não deixa dúvidas quanto ao nome da nova versão da Ford Ranger. A palavra Storm surge em letras gigantescas na parte frontal do utilitário. A picape chega ao mercado em meio à pandemia do novo coronavírus, com lojas fechadas, o que vai afastá-la do mundo real, por enquanto. Quando chegar às ruas, não passará despercebida.
O visual da Ranger Storm tende ao espalhafato. Há snorkel (item opcional), estribos laterais, adesivos e rodas pintadas de preto brilhante. Esse excesso de elementos está em alta, fato confirmado por Nissan Frontier Attack, Toyota Hilux GR e Mitsubishi L200 Sport Outdoor.
Ao entrar na cabine, o motorista descobre que os excessos estão apenas do lado de fora da Ranger. As forrações com plásticos e tecidos escuros são adequadas ao uso no fora-de-estrada, território indicado para a versão Storm. A suspensão firme não compromete o conforto ao rodar na cidade e se sai bem na estrada.
A picape foi avaliada em um trecho rodoviário de 50 km. A posição ao volante é uma das melhores do segmento, o que ajuda em longas viagens. O motorista vê o mundo de cima, e essa é um dos pontos que mais agradam aos fãs desse tipo de carro.
O motor 3.2 turbodiesel de 200 cv, que antes era reservado às versões mais caras da Ranger, confere desenvoltura elogiável à Storm. Os pneus feitos para rodar na terra não transmitem barulhos à cabine. O que se houve são os sons do vento e da máquina.
O pacote de equipamentos de série é semelhante ao da versão XLS 2.2 (160 cv). Porém, a Ford posicionou a nova versão em uma faixa de preço mais baixa.
Enquanto a Storm 3.2 custa R$ 150.990, a XLS é vendida por R$ 151.790.
Em pacote e proposta, a principal rival da Ranger é a Nissan Frontier Attack, que custa R$ 160.850 e tem motor 2.3 turbodiesel (190 cv).