A edição 2020 do Salão do Automóvel de São Paulo foi cancelada. A decisão foi anunciada nesta sexta (6) por Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, associação que representa as montadoras.
O evento, que ocorreria entre os dias 12 e 22 de novembro, foi remarcado para 2021. As datas ainda serão definidas.
De acordo com Moraes, a decisão foi consensual. Montadoras que haviam desistido de participar do evento em 2020 devem estar presentes na versão 2021.
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Chevrolet, Toyota e Hyundai Motors do Brasil fazem parte dessa lista. Não é a primeira vez em que a organização do salão, que é realizado desde 1960, tem problemas com crises e também com as associadas da Anfavea.
A edição de 1982 também não foi realizada devido aos problemas econômicos do país. A mostra foi então transferida para 1983.
Em 1986, as grandes montadoras anunciaram que não participariam do evento, e os espaços foram ocupados por cerca de 60 carros de importação temporária, que vieram ao Brasil apenas para a feira realizada no Pavilhão de Exposições do Anhembi.
Naquela época, o mercado brasileiro era fechado a carros produzidos no exterior. De acordo com a Anfavea, os custos somados das montadoras no Salão do Automóvel chegam a R$ 300 milhões. O valor inclui gastos com estandes, logística, limpeza e contratação de celebridades.
De acordo com a Reed Alcântara Machado, organizadora do evento, o Salão do Automóvel movimenta R$ 320 milhões na cidade de São Paulo.
Luiz Carlos Moraes menciona as mudanças que estão ocorrendo nos eventos do setor automotivo mundo afora. Frankfurt deixou de ser a sede do salão alemão, que em 2021 será realizado em Munique.
Detroit tem nova data: passou de janeiro para junho, evitando dividir as atenções com a feira de tecnologia CES. Há também as mudanças devido ao coronavírus.
As feiras de Genebra e de Pequim, que seriam realizadas em março e abril, foram canceladas. Nesse cenário, a Anfavea busca a redução de custos.