Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Sem incentivo

Consumidor quer carro novo, mas falta crédito e sobram juros

Eduardo Sodré - Folhapress
12 set 2022 às 17:15

Compartilhar notícia

- Pixabay
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Os bons números de produção e vendas registrados em agosto não são suficientes para dissipar as dúvidas sobre a indústria automotiva. A melhora no fornecimento de componentes e o interesse dos consumidores esbarram em juros altos e crédito restrito.


Desejo há: segundo levantamento feito pelo Webmotors Autosights, 83% dos consumidores que passaram pelo portal de classificados pretendem comprar um carro ""ou trocar o antigo por um mais novo"" ainda neste ano.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


A pesquisa, que teve 2.000 entrevistados, mostra que os SUVs com motor flex, sejam usados ou zero-quilômetro, têm 41% da preferência.

Leia mais:

Imagem de destaque
Análise

Motocicletas se multiplicam sob o olhar mais atento da política

Imagem de destaque
Análise

Acidentes com motos sobrecarregam o SUS e levam a perda de mobilidade, amputação e dor crônica

Imagem de destaque
Livre passagem

Saiba como funcionam os pedágios free flow no Brasil após regulamentação

Imagem de destaque
Atualização gradual

Waze passa a receber alertas por voz via IA do Google


O problema aparece na forma de pagamento: 60% dos ouvidos pretendem recorrer ao financiamento. Com a taxa básica de juros beirando os 14%, o cenário não é dos melhores para isso.

Publicidade


Nesta sexta (9), o presidente da Anfavea, Márcio Lima Leite, disse que cerca de 70% dos carros vendidos em agosto foram pagos à vista. É algo raro, que ocorre pelo encarecimento do crédito ""ou pela falta dele.

Além disso, 52% dos licenciamentos foram por meio de venda direta. Os principais clientes, portanto, foram empresas como as locadoras. No varejo, os índices de inadimplência seguem crescendo mês a mês.


Para o consumidor pessoa física, modelos mais caros começam a ser anunciados com valores abaixo de tabelas como Fipe e KBB Brasil. Isso não significa que estejam baratos, mas que há uma correção das distorções.


Com a falta de automóveis novos para pronta entrega, os valores de modelos seminovos dispararam. As tabelas de referência ficaram defasadas e, ao longo de 2021 e 2022, foram sendo reajustadas. Agora começa a ocorrer o movimento inverso.


Entre os 0 km, a volta das promoções com parcelamento "sem juros" em poucos meses e prazos maiores de carência mostra que há preocupação com estoques. O objetivo é atrair consumidores com bom perfil de crédito, mas que não se animam a trocar de carro agora.


Todos esses fatores revelam que há um processo de readequação do mercado em curso, cuja duração ainda é difícil de estimar.
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo