Hatches compactos esportivos estão marcados na história do mercado brasileiro. O segmento já teve modelos icônicos como Volkswagen Gol GTI, Chevrolet Corsa GSi e Ford Escort XR3. Hoje eles estão representados em dois modelos: o Renault Sandero RS e o Volkswagen Polo GTS.
Ambos têm portes parecidos, a mesma potência de 150 cv e a mesma proposta de oferecer diversão em uma carroceria leve, mas as semelhanças param por aí. Cada um tenta agradar da sua melhor forma.
Para começar, o Sandero é muito mais barato. Custa R$ 75.490 contra os R$ 102.500 pedidos pelo rival. O segredo está na simplicidade do projeto. O Renault tem acabamento mais simples e mecânica ultrapassada. Mas isso não é exatamente um defeito.
O 2.0 16V é um velho conhecido na linha Renault, mas ficou muito bem no Sandero esportivo, já que a proposta é acelerar e não economizar combustível. O desempenho agrada, a manutenção é fácil e o câmbio manual de seis marchas deixa o carro na mão como os compradores desse tipo de carro gosta.
Toda a suspensão do carro é trabalhada e em nada lembra as outras versões do hatch da Renault. Os freios também são completamente diferentes e preparados pela divisão Renault Sport. É diversão garantida, mas sem muito conforto e economia.
O Volkswagen Polo usa a sigla GTS, que marcou uma geração de esportivos da marca. O resgate histórico do nome não decepciona quem for dirigir o hatch moderno. Ele tem mais tecnologia no motor 1.4 turbo com injeção direta.
A transmissão automática de seis marchas tem trocas rápidas e não vai decepcionar quem busca diversão no carro, mas está ali porque a marca sabe que seu cliente não vai querer acelerar 100% do tempo.
O Polo vai melhor na cidade, na ida ao mercado e buscar as crianças na escola. Seu motorista vai fazer tudo isso com conforto de saber que a qualquer momento ele vai poder pisar mais forte e acordar o lado esportivo. Mesmo que custe R$ 27 mil a mais, diferença que dá para encher o tanque do beberrão Sandero várias vezes.