O Chevrolet Tracker virou nacional na terceira geração, embora pouca gente possa se lembrar das anteriores. A primeira era uma versão Chevrolet do antigo Suzuki Vitara. Era um 4x4 nato com pouco espaço e quase nada de conforto. A segunda já era mais urbana, mas continuava pequena. Importado do México, o Tracker teve vendas discretas se considerar o segmento em que entrou.
É a terceira, de agora, que tenta fazer o nome mais conhecido, já que é nacional e tem mais atributos para enfrentar os rivais mais tradicionais, como o Jeep Renegade.
A reportagem testou as duas versões topo de linha. O Jeep é o Limited,que custa R$ 119.990 e passou a contar com teto-solar panorâmico de série na linha 2021. Além disso, vem com itens como sete airbags, ar-condicionado digital de duas zonas, entre outros.
Só faltou um motor mais moderno, item que provavelmente será revisto com a chegada dos novos propulsores turbinados que a marca prometeu lançar no Brasil.
Mas por enquanto o disponível é o 1.8 de até 139 cv que, na média, rodou cerca de 8 km com um litro de álcool e apresentou desempenho apenas razoável para o porte do Jeep.
No Tracker motor não é problema. Ele usa um 1.2 de três cilindros com até 133 cv de potência. O número é menor, mas a diversão ao volante maior.
O SUV da GM acelera bem e agrada com seus cerca de 10 km/l com etanol no tanque rodando na cidade.
Os dois são vendidos com câmbio automático de seis marchas.
Por R$ 112 mil, o Chevrolet entrega seis airbags, ar-condicionado digital de uma zona e teto solar menor, mas é o que se pode abrir mão para pagar menos no Tracker.
Ao menos o Chevrolet vem com bancos de couro de série, embora sejam azuis. Para equipar o Renegade com esse revestimento custa R$ 1.240.
Nova versão do Renegade tem teto-solar panorâmico de série.
Os dois modelos são bem acabados, com um degrau acima no Jeep. O Tracker usa praticamente o mesmo interior do Onix, ou seja, a expectativa tem que ser a mesma de quem compra um hatch compacto.
São também espaçosos para uma família pequena. Os dois têm as menores distâncias entre-eixos da categoria e contam com porta-malas abaixo dos 400 litros, abaixo da média.
Mas tudo isso dá para um casal com até dois filhos que viajam sem muita bagagem. Se precisar de mais, aí precisa olhar para outros competidores do mercado.