A Suíça vai decidir no próximo ano sobre a extradição ou não do cineasta Roman Polanski para os Estados Unidos para ser sentenciado por um processo de 1977 no qual é acusado de manter relações sexuais ilegais com uma menor de idade, informou nesta quarta-feira (16) o Ministério da Justiça.
"Não haverá nada mais este ano. Faremos um anúncio no início do próximo ano sobre se foram satisfeitos os critérios para a extradição", disse Folco Galli, porta-voz do Ministério da Justiça.
Galli disse que enquanto isso Polanski permanecerá em prisão domiciliar em seu chalé na estação de esqui de Gstaad.
O diretor de 76 anos, premiado com o Oscar e que tem cidadania dupla, francesa e polonesa, foi preso a pedido dos Estados Unidos quando desembarcou de um avião na Suíça, em 26 de setembro, para receber de um festival de cinema um prêmio pelo conjunto de sua obra.
Polanski se confessou culpado de ter relações sexuais com uma menina de 13 anos, mas fugiu dos Estados Unidos na véspera de seu sentenciamento, em 1978, porque acreditava que um juiz o pudesse enviar à prisão por 50 anos.
Polanski poderá recorrer contra a decisão do Ministério, potencialmente arrastando a disputa por meses. Depois de passar dois meses em uma prisão suíça, ele foi transferido para prisão domiciliar em 4 de dezembro.
Na semana passada, os advogados de Polanski nos EUA defenderam o arquivamento da confissão de culpa do cineasta, citando erro de conduta judicial.
O criador de filmes que incluem "O Pianista", de 2002, pelo qual recebeu um Oscar, "O Bebê de Rosemary" e "Chinatown" pode enfrentar dois anos de reclusão em uma prisão da Califórnia.