O atentato à Ana Hickmann na tarde do último sábado (21) trouxe à tona um assunto polêmico: o amor doentio dos fãs pelos ídolos. A apresentadora ficou na mira do revólver de Rodrigo Augusto Pádoa por cerca de meia hora, enquanto o rapaz a ofendia e afirmava que eles tinham um caso amoroso. Com a intenção de atirar em Ana, ele acabou acertando Giovana Oliveira, cunhada e assesora da apresentadora, que está em estado estável e ainda inspira cuidados.
Mas nem todos os famosos tiveram a sorte que Ana Hickmann teve de sair ilesa em um ataque como esse. Outras celebridades já foram vítimas de seus próprios admiradores e, diferente da loira, não sobreviveram. Relembre alguns casos:
John Lennon
Em 8 de dezembro de 1980, o líder dos Beatles foi atingido por quatro tiros na porta de seu apartamento, no Central Park West, em Nova York. Horas antes, o cantor já havia se encontrado com seu assassino, Mark Chapman, que havia pedido a Lennon um autógrafo no disco "Double Fantasy". Curiosamente, o encontro foi registrado em foto por Paul Goresh, amigo do cantor. A declaração de Lennon de que os Beatles eram mais populares que Jesus Cristo é apontada como um dos motivos para o crime. Às autoridades, Mark dizia ouvir vozes, mas sua insanidade mental nunca foi comprovada.
Selena
Primeira artista latina a emplacar um álbum como mais vendido na Billboard, Selena morreu ainda no auge da carreira, aos 23 anos. O pai da cantora descobriu que Yolanda Saldívar, na época presidente do fã clube e administradora das lojas de Selena, estava fraudando documentos e desviando o dinheiro da família. Indignada, a artista a chamou para uma conversa, demitindo-a de suas funções. Na manhã do dia 31 de março de 1995, Yolanda marcou de encontrar Selena para entregar documentos referentes às lojas e de repente sacou uma arma da bolsa e disparou contra a cantora. Saldívar, que declarou na época ter atirado acidentalmente, foi condenada à prisão perpétua.
Rebecca Schaffer
Assim como Selena, Rebecca também morreu jovem. Famosa por suas atuações na série "My Sister Sam" e na comédia "Luta de Classes em Beverly Hills", a atriz foi perseguida durante três anos pelo fã Robert John Bardo. No dia 18 de julho de 1989, a obsessão de Bardo resultou em um final trágico. Rebecca foi assassinada na portaria do edifício em que morava. O crime motivou a aprovação de uma séries de leis anti-espreita no Estado da Califórnia. Bardo também foi condenado à prisão perpétua.
Dimebag Darrell
Na noite de 8 de dezembro de 2004, o que era pra ser apenas mais um show da banda Damageplan em Columbus, Ohio, acabou se tornando uma das maiores tragédias do mundo da música. O jovem Nathan Gale subiu ao palco e deu cinco tiros no guitarrista Dimebag Darrell, que morreu na mesma hora. Na sequência, o rapaz seguiu atirando contra todos aqueles que tentaram impedi-lo. Outras três pessoas morreram e mais dez ficaram feridas. Para evitar um estrago maior, o oficial de polícia James D. Niggemeyer respondeu com tiros, matando o fã descontrolado. Antes de efetuar os disparos contra Dimebag, o rapaz gritou: "Você acabou com o Pantera. Você arruinou a minha vida". Pantera era a banda em que Dimebag tocou por 22 anos e que havia encerrado as atividades um ano antes do crime.
Albert Ebosse
Este crime é, sem dúvidas, o mais peculiar de todos aqui relembrados. No dia 23 de outubro de 2014, durante uma partida entre JS Kabylie e USM Argel pela liga nacional da Argélia, o atacante camaronês Albert Ebosse foi morto após ser atingido por uma pedra. O objeto foi arremessado por torcedores do seu próprio time, revoltados com o placar de 2 a 1 para a equipe adversária. A pedra acertou em cheio a cabeça do artilheiro do campeonato, que sofreu uma hemorragia interna e não resistiu. Os pais do jogador acreditam que ele também possa ter sido vítima de agressão dentro do próprio vestiário e a morte ainda segue cercada de mistérios.
(Fonte: Hugo Gloss)