Os organizadores da apresentação do grupo musical mexicano RBD, em São Paulo, não tinham atestado de vistoria do Corpo de Bombeiros nem autorização do Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis) para o evento. O departamento é ligado à Secretaria da Habitação.
Os responsáveis também não contavam com alvará de autorização para o evento, segundo informou o subprefeito local, José Augusto da Silva Ramos.
A tarde de autógrafos terminou em tragédia. Durante o tumulto na apresentação, morreram pisoteadas Jennifer Xavier Mattos, 11, Fernanda Silva Pessoa, 13, e a comerciante Cláudia Cristina Oliveira Souza, 38, enquanto pelo menos 42 pessoas ficaram feridas.
Os responsáveis pela apresentação tem até esta terça-feira (07) para apresentar defesa quanto às irregularidades identificadas. A multa prevista por não solicitação do alvará pode chegar a R$ 1.400.
A polícia abriu um inquérito para investigar as causas do acidente. A organização do evento pode ser acusada de homicídio culposo (sem intenção).
O estacionamento do shopping teria capacidade para 2 mil pessoas, mas a Polícia Militar estima que estariam lá entre 10 mil e 15 mil fãs.
Segundo a EMI, a estrutura de segurança montada no local era adequada. A gravadora alegou que se tratava de uma sessão de autógrafos, e não um show. A opção de realizar uma exibição rápida, com playback, teria sido motivada pelo apelo dos fãs da banda. De acordo com testemunhas, foi justamente o baixo volume do som que levou parte da platéia a se aproximar do palco, empurrando aqueles que estavam mais à frente. De acordo com a prefeitura, o evento não tinha alvará.
O RBD ficou famoso devido a exibição da novela "Rebelde" pelo SBT.
Fonte: Folha Online