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Ator deixa política com apenas 26% de aprovação

26 out 2010 às 14:03

O "Exterminador do Futuro" termina seu governo com apenas 26% de aprovação popular e como um peso nulo nas eleições de legislativas do dia 2. Aos 63 anos, o ator Arnold Schwarzenegger, governador da Califórnia, deverá retomar a carreira artística em janeiro de 2011 deixando uma caótica herança no Estado que governou por oito anos. Eleito pelo Partido Republicano em 2003, não imprimirá uma marca emblemática na legenda como outro artista, o ex-presidente Ronald Reagan, conseguiu nos anos 1980.

Na sua gestão, o déficit fiscal do governo estadual subiu para US$ 20 bilhões, em parte devido à queda da atividade econômica, à perda de investimentos para a China, às despesas públicas que não podem ser cortadas sem aval da assembleia Legislativa e à elevação de gastos com a aposentadoria de servidores públicos.


Em situação de desespero, seu governo vendeu edifícios públicos para reduzir a dívida. Os prédios vendidos foram ao mesmo tempo alugados por longo prazo pelo governo para evitar os custos da mudança física da burocracia.


Segundo Darry Sragow, diretor-interino da USC, o sucesso de Schwarzenegger nas urnas deveu-se a seu carisma e ao fato de o eleitor local observar menos o partido e mais o candidato. Por isso, o Exterminador, como é chamado no Estado, foi reeleito em 2006. Nas suas duas gestões, não conseguiu cativar completamente republicanos nem democratas, encampou uma agenda ambientalista que o afastou dos primeiros e manteve uma linha administrativa que provocou resistência no segundo grupo.


"Schwarzenegger não conseguiu tornar-se uma figura da base conservadora. Portou-se como um independente próximo aos democratas, mas sem tornar-se um deles", resumiu Sherry Bebitch Jeffe, professora da Escola de Política, Planejamento e Desenvolvimento da USC.


Problemas


Imigração
Califórnia é uma das principais portas de entrada de ilegais


Desemprego
Taxa é de 12,4% - quase 3 pontos acima da média do país


Orçamento
Déficit fiscal de mais de US$ 20 bilhões

Energia
Infraestrutura não é suficiente para manter picos de consumo


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