Morreu na última quinta-feira (12), aos 89 anos de idade, o escritor norte-americano William Blatty, autor do livro "O Exorcista", que deu origem a um dos maiores clássicos do cinema de terror. Ele sofria de câncer no sangue, e a notícia do falecimento foi divulgada apenas nesta sexta (13).
Seu romance mais famoso, que conta a história de uma menina de 12 anos possuída pelo demônio, foi publicado em 1971, alcançando a marca de mais de 13 milhões de exemplares vendidas. A versão cinematográfica, estrelada por Linda Blair, também foi bem sucedida e rendeu a Blatty o Oscar de melhor roteiro adaptado em 1973.
Nascido em Nova York e filho de uma família de imigrantes libaneses, o escritor já tinha uma carreira sólida em Hollywood como autor cômico, mas o sucesso de "O Exorcista" o levou ao estrelato. "Ninguém mais quer que se escreva coisas que fazem rir", lamentou certa vez, já famoso como pioneiro do gênero de terror teológico no cinema.
Durante sua vida, contou que a inspiração para escrever o livro viera da morte de sua mãe, em 1967, que reacendera a chama do catolicismo que havia aprendido na infância. Três anos atrás, escreveu ao papa Francisco pedindo para o Pontífice expulsar a Universidade Georgetown, de Washington, onde havia estudado, por conta de suas posições "pró-aborto".
A instituição não é administrada pela Santa Sé, mas é filiada à Igreja Católica Apostólica Romana e à Companhia de Jesus, por onde passaram tanto Blatty quanto Jorge Bergoglio.