O cartunista paranaense Glauco Villas Boas, de 53 anos, morreu na madrugada desta sexta-feira, 12, após ser baleado durante uma suposta tentativa de assalto na Estrada Alpina, altura do número 90, no bairro Jardim Santa Fé, em Osasco, na Grande São Paulo, segundo informações preliminares da Polícia Militar.
De acordo com o Hospital Albert Sabin, o cartunista deu entrada no pronto-socorro por volta da 0h30 e morreu cerca de meia hora depois. O crime aconteceu por volta de meia-noite. O filho dele, Raoni, de 25 anos, também foi atingido pelos disparos e morreu a caminho do hospital. Ninguém foi preso.
O caso foi registrado no 10º Distrito Policial de Osasco e os corpos do cartunista e do filho já foram encaminhados para o Instituo Médico Legal da cidade.
Carreira
No começo dos anos 70, o encontro com o jornalista Hamilton Ribeiro, que dirigia o "Diário da Manhã", em Ribeirão Preto, tirou o paranaense Glauco da fila do vestibular para Engenharia e o jogou direto para as páginas do jornal, já com uma tira: "Rei Magro e Dragolino".
Alguns anos mais tarde, em 1976, a premiação no Salão de Humor de Piracicaba abriu as portas do jovem cartunista para a grande imprensa. Em 1977, Glauco começou a publicar suas tiras esporadicamente na Folha de S. Paulo. A partir de 1984, quando a Folha dedicou espaço diário à nova geração de cartunistas brasileiros, Glauco passou a publicar ali suas tiras.
O cartunista é autor de uma família de tipos como Dona Marta, Zé do Apocalipse, Doy Jorge e Geraldinho. Para a estação UOL Humor, Glauco criou em maio de 2000 os personagens Ficadinha -publicada aos sábados- e Netão -publicado às terças e quintas.