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Prevenção

CinEvoluir aborda a importância da campanha Setembro Amarelo

Redação Bonde com assessoria de imprensa
19 set 2016 às 14:28

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A próxima sessão do CinEvoluir, promovido pelo Núcleo Evoluir em Londrina e que tem o objetivo de promover discussões sobre temas atuais pautadas na Análise do Comportamento, acontece no próximo sábado (24) com a exibição do filme "As Vantagens de Ser Invisível".

A obra, dirigida por Stephen Chbosky, é sensível, delicada, divertida e forte e aborda questões difíceis do dia a dia, como a depressão. O filme foi especialmente escolhido para esta edição e vai ser uma oportunidade para se discutir a campanha mundial "Setembro Amarelo", de prevenção ao suicídio. Ao final da sessão, acontece um bate-papo entre os participantes e os profissionais da clínica.

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No filme, Charlie, personagem vivido por Logan Lerman, é um adolescente que tem dificuldades para interagir em sua nova escola. Ele está se recuperando de um processo de depressão e da perda de um amigo que se suicidou. Na escola faz amigos novos, entre eles Sam (Emma Watson) e Patrick (Ezra Miller).

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A psiquiatra Érica Ermel, do Evoluir, diz que é importante abordar esse tema das mais diversas formas, como cinema e literatura, para promover a conscientização sobre o assunto. "Ver que o problema também atinge outras pessoas pode confortar, desmistificar e facilitar a busca por ajuda", observa.

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Ela ainda ressalta a relevância da campanha Setembro Amarelo e afirma que falar sobre suicídio é de extrema importância pois estima-se que nove em cada dez casos poderiam ser prevenidos com estratégias adequadas, uma vez que quase todas as pessoas que cometem suicídio dão algum tipo de sinal antes de tirar a própria vida.


Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que cerca de 1 milhão de pessoas se suicidam todos os anos. No Brasil estima-se que o suicídio seja a causa de 32 mortes por dia, mais que Aids e diversos tipos de câncer.

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Érica observa que o tema suicídio ainda é um grande tabu para a maioria das pessoas, por muitos motivos. "A morte em si já é um assunto de difícil abordagem, e quando aliada ao tema saúde mental a questão fica ainda mais delicada. Soma-se a isto a crença de que falar sobre suicídio ou perguntar a alguém sobre ideias suicidas pode fazer com que ela passe a considerar a alternativa, como se estivesse 'dando a idéia' para alguém", relata a psiquiatra. Mas, destaca ela, sabe-se que é justamente o oposto que ocorre, trazer o assunto à tona e discuti-lo abertamente é de grande ajuda para quem apresenta este tipo de sofrimento.


A psiquiatra ainda pontua que não há algo específico que leve ao suicídio, mas acontece principalmente quando situações estressoras superam as capacidades de um indivíduo que sofre de um transtorno mental de adaptar-se a mudanças. "Condições como depressão, ansiedade, abuso de substâncias, especialmente quando não diagnosticadas e tratadas, aumentam o risco consideravelmente", alerta.


Segundo Érica, é possível sim ajudar alguém que está enfrentando problemas, observando se houve mudança de comportamento de uma pessoa que está com pensamentos suicidas ou se ela começa a falar sobre sentir-se um fardo para os outros, de não ter razões para viver, de dizer que deseja morrer. "Aumentar o uso de álcool de drogas, se isolar dos amigos e familiares, perder interesse em atividades que davam prazer antes, agressividade, irritabilidade, tristeza também são comportamentos que precisam de atenção", frisa a psiquiatra.

"Geralmente uma pessoa suicida não deseja a morte, mas o fim do sofrimento em que se encontra. Deve-se reconhecer os sinais de alerta e levá-los a sério, conversando abertamente sobre os sentimentos e pensamentos suicidas com a pessoa em questão", acrescenta a profissional.


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