O Departamento de Execução Penal (Depen) foi notificado pelo chefe do Serviço de Operações Especiais (SOE) de que enquanto o Governo do Estado não cumprir com suas obrigações, o grupo não vai sair de suas bases. As informações são da Direção Jurídica do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) divulgadas na noite desta quarta-feira (21).
O Sindasrpen orienta para que todos os agentes penitenciários trabalhem com toda cautela necessária, colocando em prática todas as normas de segurança. "Não podemos nos expor ao risco, sem que haja uma garantia do Estado, de que nossa vida será garantida. O Sindarspen também orienta que toda e qualquer impossibilidade de movimentação dos presos neste período, seja devidamente comunicada para autoridade competente", diz a nota.
A reportagem tentou falar com o chefe do SOE, mas sem sucesso. Ele estaria em viagem, pois foi acompanhar o sepultamento do agente penitenciário, Thiago Borges de Carvalho, de 33 anos, morto na tarde de terça em emboscada na zona sul de Londrina. O corpo foi velado no Memorial Vida Prev e sepultado às 16h, no Cemitério Municipal de Dracena (SP). Thiago deixou esposa, mãe e padrasto. (com informações do site Jorge Zanoni)
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Na manhã desta quarta-feira, de acordo com o vice-presidente do Sindarspen, José Roberto Neves, o rapaz atuava na função há oito anos, mas demonstrou interesse em entrar para o SOE depois que o grupo foi efetivado. "Era considerado pelos companheiros como um agente extremamente dedicado", disse o sindicalista. No entanto, Neves ressaltou que "a realidade do SOE é bem diferente daquilo que muita gente acha". Conforme o Sindarspen, os próprios integrantes do setor especializado estariam comprando munições e pagando pelo treinamento.
Outra reclamação que o sindicato recebeu foi o acúmulo de serviço nas unidades da região Norte do Estado. "Sem a contratação de pelo menos 800 novos servidores, o próprio SOE precisa suprir essa demanda", comentou Neves, que tinha expectativa de resolução de problemas por parte do Depen, o que, segundo ele, ainda não ocorreu. "Sabemos que a situação pra todo mundo está difícil, mas zelar pela segurança pública é um princípio básico que todo governo deveria priorizar". (Colaborou Rafael Machado)